AS VERTENTES DA UMBANDA
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As Umbandas dentro da Umbanda
Após pouco mais de 100 anos de fundação da Umbanda pelo
Caboclo das Sete Encruzilhadas, essa religião cresceu e se diversificou, dando
origem a diferentes vertentes que têm a mesma essência por base: a manifestação
dos espíritos para a caridade.
O surgimento dessas diferentes vertentes é conseqüência do
grau com que as características de outras práticas religiosas e/ou místicas
foram absorvidas pela Umbanda em sua expansão pelo Brasil, reforçando o
sincretismo que a originou e que ainda hoje é sua principal marca.
Embora essa classificação tenha sido elaborada por mim (ela
não é fruto de um consenso entre os umbandistas e nem é adotada por outros
estudiosos da religião), a mesma revela-se uma forma útil de condensar as
diferentes práticas existentes, possibilitando um melhor estudo das mesmas.
Umbanda Branca e Demanda
Outros nomes: É também conhecida como: Alabanda;
Linha Branca de Umbanda e Demanda; Umbanda Tradicional; Umbanda de Mesa Branca;
Umbanda de Cáritas; e Umbanda do Caboclo das Sete Encruzilhadas.
Origem: É a vertente fundamentada pelo Caboclo
das Sete Encruzilhadas, por Pai Antônio e Orixá Malê, através do seu médium,
Zélio Fernandino de Morais (10/04/1891 – 03/10/1975), surgida em São Gonçalo,
RJ, em 16/11/1908, com a fundação da Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade.
Foco de divulgação: O principal foco de
divulgação dessa vertente é a Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade.
Orixás: Considera que orixá é um título aplicado
a espíritos que alcançaram um elevado patamar na hierarquia espiritual, os
quais representam, em missões especiais, de prazo variável, o alto chefe de sua
linha. É pelos seus encargos comparável a um general: ora incumbido da inspeção
das falanges, ora encarregado de auxiliar a atividade de centros necessitados
de amparo, e, nesta hipótese fica subordinado ao guia geral do agrupamento a
que pertencem tais centros. Acredita que existam 126 orixás, distribuídos em 06
linhas espirituais de trabalho. Os altos chefes de cada uma dessas seis linhas
recebem o nome de um orixá nagô, embora não sejam entendidos como nas tradições
africanas, existindo uma forte vinculação deles aos santos católicos.
Linhas de trabalho: Considera a existência de
sete linhas de trabalho: de Oxalá (onde inclui os espíritos que se apresentam
como Crianças), de Iemanjá, de Ogum, de Oxóssi, de Xangô, de Iansã e de Santo
ou das Almas (onde inclui as almas recém-desencarnadas, os exus coroados, os
exus batizados e as entidades auxiliares).
Entidades: Os trabalhos são realizados
principalmente por Caboclos(as), Pretos(as) Velhos(as) e Crianças e não há
giras para Boiadeiros, Baianos, Ciganos, Malandros, Exus e Pombagiras.
Ritualística: A roupa branca é a única
vestimenta usada pelos médiuns durante as giras e encontra-se o uso de guias,
imagens, fumo, defumadores, velas, bebidas e pontos riscados nos trabalhos,
porém os atabaques não são utilizados nas cerimônias.
Livros doutrinários: Esta vertente usa os
seguintes livros como principais fontes doutrinárias: “O livro dos espíritos”;
“O livro dos médiuns”; “O evangelho segundo o Espiritismo”; e “O Espiritismo, a
magia e as sete linhas de Umbanda”.
Umbanda Kardecista
Outros nomes: É também conhecida como: Umbanda
de Mesa Branca; Umbanda Branca; e Umbanda de Cáritas.
Origem: É a vertente com forte influência do
Espiritismo, geralmente praticada em centros espíritas que passaram a
desenvolver giras de Umbanda junto com as sessões espíritas tradicionais. É uma
das mais antigas vertentes, porém não existe registro da data e do local
inicial em que começou a ser praticada.
Foco de divulgação: Não existe um foco principal
de divulgação dessa vertente na atualidade.
Orixás: Nesta vertente não existe o culto aos
Orixás nem aos santos católicos.
Linhas de trabalho: Nesta vertente não é
utilizada essa forma de agrupar as entidades.
Entidades: Os trabalhos de Umbanda são
realizados apenas por Caboclos(as), Pretos(as) Velhos(as) e, mais raramente,
Crianças.
Ritualística: A roupa branca é a única
vestimenta usada pelos médiuns durante as giras e não são encontrados o uso de
guias, imagens, fumo, defumadores, velas, bebidas e atabaques.
Livros doutrinários: Esta vertente usa os
seguintes livros como principais fontes doutrinárias: “O livro dos espíritos”;
“O livro dos médiuns”; “O evangelho segundo o Espiritismo”; “O céu e o
inferno”; e “A gênese”.
Umbanda Mirim
Outros nomes: É também conhecida como: Aumbandã;
Escola da Vida; Umbanda Branca; Umbanda de Mesa Branca; e Umbanda de Cáritas.
Origem: É a vertente fundamentada pelo Caboclo
Mirim através do seu médium Benjamin Gonçalves Figueiredo (26/12/1902 –
03/12/1986), surgida no Rio de Janeiro, RJ, em 13/03/1924, com a fundação da
Tenda Espírita Mirim.
Foco de divulgação: Os principais focos de
divulgação dessa vertente são: a Tenda Espírita Mirim (matriz e filiais); e o
Primado de Umbanda, fundado em 1952.
Orixás: Nesta vertente não existe o culto aos
santos católicos e os Orixás foram reinterpretados de maneira totalmente
distinta das tradições africanas, não havendo nenhuma vinculação dos mesmos com
elas. Considera a existência de nove Orixás: Oxalá, Ogum, Oxóssi, Xangô, Obaluaiê,
Iemanjá, Oxum, Iansã e Nanã.
Linhas de trabalho: Considera a existência de
sete linhas de trabalho: de Oxalá, de Iemanjá (onde inclui Iemanjá, Oxum,
Iansã, Nanã), de Ogum, de Oxóssi, de Xangô, do Oriente (onde agrupa as
entidades orientais) e de Yofá (onde agrupa os Pretos-Velhos e as
Pretas-Velhas).
Entidades: Os trabalhos são realizados
principalmente por Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as) e Crianças e não há
giras para Exus e Pombagiras, uma vez que estes últimos não são considerados
trabalhadores da Umbanda e sim da Quimbanda.
Ritualística: A roupa branca com pontos riscados
bordados é a única vestimenta usada pelos médiuns durante as giras e
encontra-se o uso de fumo, defumadores e a imagem de Jesus Cristo nos
trabalhos, porém as guias, velas, bebidas, atabaques e demais imagens não são
usados nas cerimônias, havendo o uso de termos de origem tupi para designar o
grau dos médiuns nelas.
Livros doutrinários: Esta vertente usa os
seguintes livros como principais fontes doutrinárias: “Okê, Caboclo”; “O livro
dos espíritos”; “O livro dos médiuns”; e “O evangelho segundo o Espiritismo”.
Umbanda Popular
Outros nomes: É também conhecida como: Umbanda
Cruzada; e Umbanda Mística.
Origem: É uma das mais antigas vertentes, fruto
da umbandização de antigas casas de Macumbas, porém não existe registro da data
e do local inicial em que começou a ser praticada. É a vertente mais aberta a
novidades, podendo ser comparada, guardada as devidas proporções, com o que
alguns estudiosos da religião identificam como uma característica própria da
religiosidade das grandes cidades do mundo ocidental na atualidade, onde os
indivíduos escolhem, como se estivessem em um supermercado, e adotam as
práticas místicas e religiosas que mais lhe convêm, podendo, inclusive,
associar aquelas de duas ou mais religiões.
Foco de divulgação: Não existe um foco principal
de divulgação dessa vertente na atualidade, uma vez que não existe uma doutrina
comum em seu interior. Entretanto, é a vertente mais difundida em todo o país.
Orixás: Nesta vertente encontra-se um forte
sincretismo dos santos católicos com os Orixás, associados a um conjunto de
práticas místicas e religiosas de diversas origens adotadas pela população em
geral, tais como: rezas, benzimentos, simpatias, uso de cristais, incensos, patuás
e ervas para o preparo de banhos de purificação e chás medicinais. Considera a
existência de dez Orixás: Oxalá, Ogum, Oxóssi, Xangô, Obaluaiê, Iemanjá, Oxum,
Iansã, Nanã e Ibejis. Em alguns lugares também são cultuados mais dois Orixás:
Ossaim e Oxumaré.
Linhas de trabalho: Existem três versões para as
linhas de trabalho nesta vertente:
- Na
mais antiga, são consideradas a existência de sete linhas de trabalho: de
Oxalá (onde inclui as Crianças), de Iemanjá (onde inclui Iemanjá, Oxum,
Nanã), de Ogum, de Oxóssi, de Xangô (onde inclui Xangô e Iansã), do
Oriente (onde agrupa as entidades orientais) e das Almas (onde agrupa os
Pretos-Velhos e as Pretas-Velhas);
- Na
intermediária, também são consideradas a existência de sete linhas de
trabalho: de Oxalá, de Iemanjá (onde inclui Iemanjá, Oxum, Nanã), de Ogum,
de Oxóssi, de Xangô (onde inclui Xangô e Iansã), das Crianças e das Almas
(onde agrupa os Pretos-Velhos e as Pretas-Velhas);
- Na
mais recente, são consideradas como linha de trabalho cada tipo de
entidade: de Caboclos(as), de Pretos(as)-Velhos(as), de Crianças, de
Baianos(as), etc.
Entidades: Os trabalhos são realizados por
diversas entidades: Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças, Boiadeiros,
Baianos(as), Marinheiros, Sereias, Ciganos(as), Exus, Pombagiras, Exus-Mirins e
Malandros(as).
Ritualística: Embora a roupa branca seja a
vestimenta principal dos médiuns, essa vertente aceita o uso de roupas de
outras cores pelas entidades, bem como o uso de complementos (tais como capas e
cocares) e de instrumentais próprios (espada, machado, arco, lança, etc.). Nela
encontra-se o uso de guias, imagens, fumo, defumadores, velas, bebidas,
cristais, incensos, pontos riscados e atabaques nos trabalhos.
Livros doutrinários: Esta vertente não possui um
livro específico como fonte doutrinária.
Umbanda Omolocô
Outros nomes: É também conhecida como Umbanda
Traçada.
Origem: É fruto da umbandização de antigas casas
de Omolocô, porém não existe registro da data e do local inicial em que começou
a ser praticada. Começou a ser fundamentada pelo médium Tancredo da Silva Pinto
(10/08/1904 – 01/09/1979) em 1950, no Rio de Janeiro, RJ.
Foco de divulgação: Os principais focos de
divulgação dessa vertente são: os noves livros escritos por Tancredo da Silva
Pinto; as tendas criadas por seus iniciados; e o livro “Umbanda Omolocô”,
escrito por Caio de Omulu.
Orixás: Nesta vertente encontra-se um forte
sincretismo dos Orixás com os santos católicos, sendo que aqueles estão
vinculados às tradições africanas, principalmente as do Omolocô. Considera a
existência de nove Orixás: Oxalá, Ogum, Oxóssi, Xangô, Obaluaiê, Iemanjá, Oxum,
Iansã e Nanã.
Linhas de trabalho: Considera como linha de
trabalho cada tipo de entidade: de Caboclos(as), de Pretos(as)-Velhos(as), de
Crianças, de Baianos, etc.
Entidades: Os trabalhos são realizados por
diversas entidades: Falangeiros de Orixá, Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as),
Crianças, Boiadeiros, Baianos(as), Marinheiros, Sereias, Ciganos(as), Exus,
Pombagiras e Malandros(as).
Ritualística: Embora a roupa branca seja a
vestimenta principal dos médiuns, essa vertente aceita o uso de roupas de
outras cores pelas entidades, bem como o uso de complementos (tais como capas e
cocares) e de instrumentais próprios (espada, machado, arco, lança, etc.). Nela
encontra-se o uso de guias, imagens, fumo, defumadores, velas, bebidas,
cristais, incensos, pontos riscados e atabaques nos trabalhos. Nesta vertente
também são utilizadas algumas cerimônias de iniciação e avanço de grau
semelhantes à forma como são realizadas no Omolocô, incluindo o sacrifício de
animais.
Livros doutrinários: Esta vertente usa os
seguintes livros como principais fontes doutrinárias: “A origem de Umbanda”;
“As mirongas da Umbanda”; “Cabala Umbandista”; “Camba de Umbanda”; “Doutrina e
ritual de Umbanda”; “Fundamentos da Umbanda”; “Impressionantes cerimônias da
Umbanda”; “Tecnologia ocultista de Umbanda no Brasil”; e “Umbanda: guia e
ritual para organização de terreiros”.
Umbanda Almas e Angola
Outros nomes: É também conhecida como Umbanda
Traçada.
Origem: É fruto da umbandização de antigas casas
de Almas e Angola, porém não existe registro da data e do local inicial em que
começou a ser praticada.
Foco de divulgação: Não existe um foco principal
de divulgação dessa vertente na atualidade, uma vez que não existe uma doutrina
comum em seu interior.
Orixás: Nesta vertente encontra-se um forte
sincretismo dos Orixás com os santos católicos, sendo que aqueles estão
vinculados às tradições africanas, principalmente as do Almas e Angola.
Considera a existência de nove Orixás: Oxalá, Ogum, Oxóssi, Xangô, Obaluaiê,
Iemanjá, Oxum, Iansã e Nanã.
Linhas de trabalho: Considera a existência de sete
linhas de trabalho: de Oxalá, do Povo d’Água (onde inclui Iemanjá, Oxum, Nanã e
Iansã), de Ogum, de Oxóssi, de Xangô, das Beijadas (onde agrupa as Crianças) e
das Almas (onde inclui Obaluaiê e agrupa os Pretos-Velhos e as Pretas-Velhas).
Entidades: Os trabalhos são realizados por
diversas entidades: Falangeiros de Orixá, Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as),
Crianças, Boiadeiros, Baianos(as), Marinheiros, Exus e Pombagiras.
Ritualística: Embora a roupa branca seja a
vestimenta principal dos médiuns, essa vertente aceita o uso de roupas de
outras cores pelas entidades, bem como o uso de complementos (tais como capas e
cocares) e de instrumentais próprios (espada, machado, arco, lança, etc.). Nela
encontra-se o uso de guias, imagens, fumo, defumadores, velas, bebidas,
cristais, incensos, pontos riscados e atabaques nos trabalhos. Nesta vertente
também são utilizadas algumas cerimônias de iniciação e avanço de grau
semelhantes à forma como são realizadas no Almas e Angola, incluindo o
sacrifício de animais.
Livros doutrinários: Esta vertente não possui um
livro específico como fonte doutrinária.
Umbandomblé
Outros nomes: É também conhecida como Umbanda
Traçada.
Origem: É fruto da umbandização de antigas casas
de Candomblé, notadamente as de Candomblé de Caboclo, porém não existe registro
da data e do local inicial em que começou a ser praticada. Em alguns casos, o
mesmo pai-de-santo (ou mãe-de-santo) celebra tanto as giras de Umbanda quanto o
culto do Candomblé, porém em sessões diferenciadas por dias e horários.
Foco de divulgação: Não existe um foco principal
de divulgação dessa vertente na atualidade.
Orixás: Nesta vertente existe um culto mínimo
aos santos católicos e os Orixás são fortemente vinculados às tradições
africanas, principalmente as da nação Ketu, podendo inclusive ocorrer a
presença de outras entidades no panteão que não são encontrados nas demais
vertentes da Umbanda (Oxalufã, Oxaguiã, Ossain, Obá, Ewá, Logun-Edé, Oxumaré).
Linhas de trabalho: Considera como linha de
trabalho cada tipo de entidade: de Caboclos(as), de Pretos(as)-Velhos(as), de
Crianças, de Baianos, etc.
Entidades: Os trabalhos são realizados por
diversas entidades: Falangeiros de Orixá, Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as),
Crianças, Boiadeiros, Baianos(as), Marinheiros, Sereias, Ciganos(as), Exus,
Pombagiras e Malandros(as).
Ritualística: Embora a roupa branca seja a
vestimenta principal dos médiuns, essa vertente aceita o uso de roupas de
outras cores pelas entidades, bem como o uso de complementos (tais como capas e
cocares) e de instrumentais próprios (espada, machado, arco, lança, etc.). Nela
encontra-se o uso de guias, imagens dos Orixás na representação africana, fumo,
defumadores, velas, bebidas e atabaques nos trabalhos. Nesta vertente também
são utilizadas algumas cerimônias de iniciação e avanço de grau semelhantes à
forma como são realizadas nos Candomblés, incluindo o sacrifício de animais,
podendo ser encontrado, também, curimbas cantadas em línguas africanas (banto
ou iorubá).
Livros doutrinários: Esta vertente não possui um
livro específico como fonte doutrinária.
Umbanda Eclética Maior
Outros nomes: Não possui.
Origem: É a vertente fundamentada por Oceano de
Sá (23/02/1911 – 21/04/1985), mais conhecido como mestre Yokaanam, surgida no
Rio de Janeiro, RJ, em 27/03/1946, com a fundação da Fraternidade Eclética
Espiritualista Universal.
Foco de divulgação: Os principais focos de
divulgação dessa vertente são a sede da fraternidade e suas regionais.
Orixás: Nesta vertente existe uma forte
vinculação dos Orixás aos santos católicos, sendo que aqueles foram
reinterpretados de maneira totalmente distinta das tradições africanas, não
havendo nenhuma vinculação dos mesmos com elas. Considera a existência de pelo
menos nove Orixás: Oxalá, Ogum, Ogum de Lei, Oxóssi, Xangô, Xangô-Kaô, Yemanjá,
Ibejês e Yanci, sendo que um deles não existe nas tradições africanas (Yanci) e
alguns deles seriam considerados manifestações de um Orixá em outras vertentes
(Ogum de Lei/Ogum e Xangô-Kaô/Xangô).
Linhas de trabalho: Considera a existência de
sete linhas de trabalho, fortemente associadas a santos católicos: de São Jorge
(Ogum), de São Sebastião (Oxóssi), de São jerônimo (Xangô), de São João Batista
(Xangô-Kaô), de São Custódio (Ibejês), de Santa Catarina de Alexandria (Yanci)
e São Lázaro (Ogum de Lei).
Entidades: Os trabalhos são realizados
principalmente por Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), e Crianças.
Ritualística: A roupa branca é a vestimenta
usada pelos médiuns durante as giras e encontra-se o uso de uma cruz, um quadro
com o rosto de Jesus Cristo, velas, porém os atabaques, as guias, as bebidas e
fumo não são utilizados nas cerimônias.
Livros doutrinários: Esta vertente usa os
seguintes livros como principais fontes doutrinárias: “Evangelho de Umbanda”;
“Manual do instrutor eclético universal”; “Yokaanam fala à posteridade”; e “Princípios
fundamentais da doutrina eclética”.
Aumbhandã
Outros nomes: É também conhecida como: Umbanda
Esotérica; Aumbhandan; Conjunto de Leis Divinas; Senhora da Luz Velada; e
Umbanda de Pai Guiné.
Origem: É a vertente fundamentada por Pai Guiné
de Angola através do seu médium Woodrow Wilson da Matta e Silva, também
conhecido com mestre Yapacani (28/06/1917 – 17/04/1988), surgida no Rio de
Janeiro, RJ, em 1956, com a publicação do livro “Umbanda de todos nós”. Sua
doutrina é fortemente influenciada pela Teosofia, pela Astrologia, pela Cabala
e por outras escolas ocultistas mundiais e baseada no instrumento esotérico
conhecido como Arqueômetro, criado por Saint Yves D’Alveydre e com o qual se
acredita ser possível conhecer uma linguagem oculta universal que relaciona os
símbolos astrológicos, as combinações numerológicas, as relações da cabala e o
uso das cores.
Foco de divulgação: Os principais focos de
divulgação dessa vertente são: os noves livros escritos por Matta e Silva; e as
tendas e ordens criadas por seus discípulos.
Orixás: Nesta vertente não existe o culto aos
santos católicos e os Orixás foram reinterpretados de maneira totalmente
distinta das tradições africanas, não havendo nenhuma vinculação dos mesmos com
elas. Considera a existência de sete Orixás: Orixalá, Ogum, Oxóssi, Xangô,
Yemanjá, Yori, Yorimá, sendo que dois deles não existem nas tradições africanas
(Yori e Yorimá).
Linhas de trabalho: Considera a existência de
sete linhas de trabalho, que recebem o nome dos Orixás: de Oxalá, de Yemanjá, de
Ogum, de Oxóssi, de Xangô, de Yori (onde agrupa as Crianças) e de Yorimá (onde
agrupa os Pretos-Velhos e as Pretas-Velhas).
Entidades: Os trabalhos são realizados somente
por Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças e Exus, sendo que estes
últimos não são considerados trabalhadores da Umbanda e sim da Quimbanda.
Ritualística: A roupa branca é a vestimenta
usada pelos médiuns durante as giras e encontra-se o uso de guias feitas de
elementos naturais, um quadro com o rosto de Jesus Cristo, fumo, defumadores,
velas, bebidas, cristais e tábuas com ponto riscado nos trabalhos, porém os
atabaques não são utilizados nas cerimônias.
Livros doutrinários: Esta vertente usa os
seguintes livros como principais fontes doutrinárias: “Doutrina secreta da
Umbanda”; “Lições de Umbanda e Quimbanda na palavra de um Preto-Velho”;
“Mistérios e práticas da lei de Umbanda”; “Segredos da magia de Umbanda e
Quimbanda”; “Umbanda de todos nós”; “Umbanda do Brasil”; “Umbanda: sua eterna
doutrina”; “Umbanda e o poder da mediunidade”; e “Macumbas e Candomblés na
Umbanda”.
Umbanda Guaracyana
Outros nomes: Não possui.
Origem: É a vertente fundamentada pelo Caboclo
Guaracy através do seu médium Sebastião Gomes de Souza (1950 – ), mais
conhecido como Carlos Buby, surgida em São Paulo, SP, em 02/08/1973, com a
fundação da Templo Guaracy do Brasil.
Foco de divulgação: Os principais focos de
divulgação dessa vertente são os Templos Guaracys do Brasil e do Exterior.
Orixás: Nesta vertente não existe o culto aos
santos católicos e os Orixás foram reinterpretados em relação às tradições
africanas, havendo, entretanto, uma ligação dos mesmos com elas. Considera a
existência de dezesseis Orixás, divididos em quatro grupos, relacionados aos
quatro elementos e aos quatro pontos cardeais: Fogo/Sul (Elegbara, Ogum,
Oxumarê, Xangô), Terra/Oeste (Obaluaiê, Oxóssi, Ossãe, Obá), Norte/Água (Nanã,
Oxum, Iemanjá, Ewá) e Leste/Ar (Iansã, Tempo, Ifá e Oxalá).
Linhas de trabalho: Considera como linha de
trabalho cada tipo de entidade: de Caboclos(as), de Pretos(as)-Velhos(as), de
Crianças, de Baianos, etc.
Entidades: Os trabalhos são realizados por
diversas entidades: Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças, Boiadeiros,
Baianos(as), Marinheiros, Ciganos(as), Exus e Pombagiras.
Ritualística: Roupas coloridas (na cor do Orixá)
são a vestimenta usada pelos médiuns durante as giras e encontra-se o uso de
guias, fumo, defumadores, velas e atabaques nos trabalhos, porém não são
utilizadas imagens e bebidas nas cerimônias.
Livros doutrinários: Esta vertente não possui um
livro específico como fonte doutrinária.
Umbanda dos Sete Raios
Outros nomes: Não possui.
Origem: É a vertente fundamentada por Ney Nery
do Reis (Itabuna, (26/09/1929 – ), mais conhecido como Omolubá, e por Israel
Cysneiros, surgida no Rio de Janeiro, RJ, em novembro de 1978, com a publicação
do livro “Fundamentos de Umbanda – Revelação Religiosa”
Foco de divulgação: Os principais focos de
divulgação dessa vertente são as obras escritas por Omolubá e as tendas criadas
por seus discípulos.
Orixás: Nesta vertente não existe o culto aos
santos católicos e os Orixás foram reinterpretados em relação às tradições
africanas. Considera a existência de doze Orixás, divididos em sete raios: 1º
raio, Iemanjá e Nanã; 2º raio, Oxalá; 3º raio, Omulu; 4º raio, Oxóssi e Ossãe;
5º raio, Xangô e Iansã; 6º raio, Oxum e Oxumaré; e 7º raio, Ogum e Ibejs.
Linhas de trabalho: Considera como linha de
trabalho cada tipo de entidade: de Caboclos(as), de Pretos(as)-Velhos(as), de
Crianças, de Baianos, etc.
Entidades: Os trabalhos são realizados por
diversas entidades: Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças, Orientais,
Boiadeiros, Baianos(as), Marinheiros, Ciganos(as), Pilintras, Exus e
Pombagiras.
Ritualística: Embora a roupa branca seja a
vestimenta principal dos médiuns, essa vertente aceita o uso de roupas de
outras cores pelas entidades, bem como o uso de complementos (tais como capas e
cocares) e de instrumentais próprios (espada, machado, arco, lança, etc.). Nela
encontra-se o uso de guias, imagens de entidades, fumo, defumadores, velas,
bebidas, pontos riscados e atabaques nos trabalhos.
Livros doutrinários: Esta vertente possui os
seguintes livros e periódicos como fonte doutrinária: “ABC da Umbanda: única
religião nascida no Brasil”; “Almas e Orixás na Umbanda”; “Cadernos de
Umbanda”; “Fundamentos de Umbanda: revelação religiosa”; “Magia de Umbanda:
instruções religiosas”; “Manual prático de jogos de búzios”; “Maria Molambo: na
sombra e na luz”; “Orixás, mitos e a religião na vida contemporânea”; “Pérolas
espirituais”; “Revista Seleções de Umbanda”; “Tranca Ruas das Almas: do real ao
sobrenatural”; “Umbanda, poder e magia: chave da doutrina”; e “Yemanjá, a
rainha do mar”.
Aumpram
Outros nomes: É também conhecida como:
Aumbandhã; e Umbanda Esotérica.
Origem: É a vertente fundamentada por Pai Tomé
(também chamado Babajiananda) através do seu médium, Roger Feraudy (1923 –
22/03/2006), surgida no Rio de Janeiro, RJ, em 1986, com a publicação do livro
“Umbanda, essa desconhecida”. Esta vertente é uma derivação da Aumbhandã, das
quais foi se distanciando ao adotar os trabalhos de apometria e ao desenvolver
a sua doutrina da origem da Umbanda: considera que esta religião surgiu a
700.000 anos em dois continentes míticos perdidos, Lemúria e Atlântida, que
teriam afundado no oceano em um cataclismo planetário. Nestes continentes, os terráqueos
teriam vivido junto com seres extraterrestres, os quais teriam ensinado aqueles
sobre o Aumpram, a verdadeira lei divina.
Foco de divulgação: Os principais focos de
divulgação dessa vertente são: os livros escritos por Roger Feraudy; e as
tendas e fraternidades criadas por seus discípulos.
Orixás: Nesta vertente não existe o culto aos
santos católicos e os Orixás foram reinterpretados de maneira totalmente
distinta das tradições africanas, não havendo nenhuma vinculação dos mesmos com
elas. Considera a existência dos 7 Orixás da Umbanda Esotérica (Oxalá, Yemanjá,
Ogum, Oxóssi, Xangô, Yori e Yorimá) e mais Obaluaiê, o qual consideram o Orixá
oculto da Umbanda.
Linhas de trabalho: Considera a existência de
sete linhas de trabalho, que recebem o nome dos 7 Orixás: de Oxalá, de Yemanjá,
de Ogum, de Oxóssi, de Xangô, de Yori (onde agrupa as Crianças) e de Yorimá
(onde agrupa os Pretos-Velhos e as Pretas-Velhas).
Entidades: Os trabalhos são realizados somente
por Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças e Exus, sendo que estes
últimos não são considerados trabalhadores da Umbanda e sim da Quimbanda.
Ritualística: A roupa branca é a vestimenta
usada pelos médiuns durante as giras e encontra-se o uso da imagem de Jesus
Cristo, fumo, defumadores, velas, cristais e incensos nos trabalhos, porém as
guias e os atabaques não são utilizados nas cerimônias.
Livros doutrinários: Esta vertente usa os
seguintes livros como principais fontes doutrinárias: “Umbanda, essa
desconhecida”; “Erg, o décimo planeta”; “Baratzil: a terra das estrelas”; e “A
terra das araras vermelhas: uma história na Atlântida”.
Ombhandhum
Outros nomes: É também conhecida como: Umbanda
Iniciática; Umbanda de Síntese; e Proto-Síntese Cósmica.
Origem: É a vertente fundamentada pelo médium
Francisco Rivas Neto (1950 – ), mais conhecido como Arhapiagha, surgida em São
Paulo, SP, em 1989, com a publicação do livro “Umbanda: a proto-síntese
cósmica”. Esta vertente começou como uma derivação da Umbanda Esotérica, porém
aos poucos foi se distanciando cada vez mais dela, conforme ia desenvolvendo
sua doutrina conhecida como movimento de convergência, que busca um ponto de
convergência entre as várias vertentes umbandistas. Nela existe uma grande
influência oriental, principalmente em termos de mantras indianos e utilização
do sânscrito, e há a crença de que a Umbanda é originária de dois continentes
míticos perdidos, Lemúria e Atlântida, que teriam afundado no oceano em um
cataclismo planetário.
Foco de divulgação: Os principais focos de
divulgação dessa vertente são: o livro “Umbanda: a proto-síntese cósmica”; a
Faculdade de Teologia Umbandista, fundada em 2003; o Conselho Nacional da
Umbanda do Brasil, fundado em 2005; e as tendas e ordens criadas pelos discípulos
de Rivas Neto.
Orixás: Nesta vertente não existe o culto aos
santos católicos e os Orixás foram reinterpretados de maneira totalmente
distinta das tradições africanas, não havendo nenhuma vinculação dos mesmos com
elas. Considera a existência dos 7 Orixás da Umbanda Esotérica, associados,
cada um deles, a mais um Orixá, de sexo oposto, formando um casal:
Orixalá-Odudua, Ogum-Obá, Oxóssi-Ossaim, Xangô-Oyá, Yemanjá-Oxumaré, Yori-Oxum,
Yorimá-Nanã. Por esta associação nota-se que alguns Orixás tiveram seu sexo
modificado em relação a tradição africana (Odudua e Ossaim).
Linhas de trabalho: Considera a existência de
sete linhas de trabalho, que recebem o nome dos Orixás principais do par: de
Oxalá, de Yemanjá, de Ogum, de Oxóssi, de Xangô, de Yori (onde agrupa as
Crianças) e de Yorimá (onde agrupa os Pretos-Velhos e as Pretas-Velhas).
Entidades: Os trabalhos são realizados somente
por Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças e Exus, sendo que estes
últimos não são considerados trabalhadores da Umbanda e sim da Quimbanda.
Ritualística: A roupa branca é a vestimenta
usada pelos médiuns durante as giras de Umbanda e a roupa preta, associada ao
vermelho e branco, nas de Exu, sendo admitidos o uso de complementos por sobre
a roupa dos médiuns, tais como cocares de caboclos. Nela encontra-se o uso de
guias, fumo, defumadores, velas, bebidas, cristais, atabaques e tábuas
com ponto riscado nos trabalhos.
Livros doutrinários: Esta vertente usa o
seguinte livro como principal fonte doutrinária: “Umbanda: a proto-síntese
cósmica”.
Umbanda Sagrada
Outros nomes: Não possui.
Origem: É a vertente fundamentada por Pai
Benedito de Aruanda e pelo Ogum Sete Espadas da Lei e da Vida, através do seu
médium Rubens Saraceni (1951 – ), surgida em São Paulo, SP, em 1996, com a
criação do Curso de Teologia de Umbanda. Sua doutrina procura ser totalmente
independente das doutrinas africanistas, espíritas, católicas e esotéricas,
pois considera que a Umbanda possui fundamentos próprios e independentes dessas
tradições, embora reconheça a influências das mesmas na religião.
Foco de divulgação: Os principais focos de divulgação
dessa vertente são: o Colégio de Umbanda Sagrada Pai Benedito de Aruanda,
fundado em 1999; o Instituto Cultural Colégio Tradição de Magia Divina, fundado
em 2001; a Associação Umbandista e Espiritualista do Estado de São Paulo,
fundada em 2004; os livros escritos por Rubens Saraceni; o Jornal de Umbanda
Sagrada editado por Alexandre Cumino; o programa radiofônico Magia da Vida; e
os colégios e tendas criadas por seus discípulos.
Orixás: Nesta vertente os adeptos podem realizar
o culto aos santos católicos da maneira que melhor lhes convier e os Orixás são
entendidos como manifestações de Deus que ocorreram sobre diferentes nomes em
diferentes épocas, sendo reinterpretados de maneira totalmente distinta das
tradições africanas, não havendo nenhuma vinculação dos mesmos com elas.
Considera a existência de catorze Orixás agrupados como casais em sete tronos
divinos: Oxalá e Logunan (Trono da Fé); Oxum e Oxumaré (Trono do Amor); Oxóssi
e Obá (Trono do Conhecimento); Xangô e Iansã (Trono da Justiça); Ogum e Egunitá
(Trono da Lei); Obaluaiê e Nanã (Trono da Evolução); e Iemanjá e Omulu (Trono
da Geração). Os sete primeiros de cada par são chamados Orixás Universais,
responsáveis pela sustentação das ações retas e harmônicas, e os outros sete,
Orixás Cósmicos, responsáveis pela atuação corretiva sobre as ações
desarmônicas e invertidas, sendo que alguns deles seriam considerados
manifestações do mesmo Orixá nas tradições africanas (Obaluaiê/Omulu e
Iansã/Egunitá).
Linhas de trabalho: Considera como linha de trabalho
cada tipo de entidade: de Caboclos(as), de Pretos(as)-Velhos(as), de Crianças,
de Baianos, etc.
Entidades: Os trabalhos são realizados por
diversas entidades: Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças, Boiadeiros,
Baianos(as), Marinheiros, Sereias, Povo(s) do Oriente, Ciganos(as), Exus,
Pombagiras, Exus-Mirins e Malandros(as).
Ritualística: A roupa branca é a vestimenta
usada pelos médiuns durante as giras e encontra-se o uso de guias, fumo,
defumadores, velas, bebidas, atabaques, imagens e pontos riscados nos
trabalhos.
Livros doutrinários: Esta vertente usa toda a
bibliografia publicada por Rubens Saracen, tendo os seguintes livros como
principais fontes doutrinárias: “A evolução dos espíritos”; “A tradição comenta
a evolução”; “As sete linhas de evolução”; “As sete linhas de Umbanda: a
religião dos mistérios”; “Código de Umbanda”; “Doutrina e Teologia de Umbanda
Sagrada”; “Formulário de consagrações umbandistas: livro de fundamentos”;
“Hash-Meir: o guardião dos sete portais de luz”; “Lendas da criação: a saga dos
Orixás”; “O ancestral místico”; “O código da escrita mágica simbólica”; “O
guardião da pedra de fogo: as esferas positivas e negativas”; “O guardião das
sete portas”; “O guardião dos caminhos: a história do senhor Guardião
Tranca-Ruas”; “Orixá Exu-Mirim”; “Orixá Exu: fundamentação do mistério Exu na
Umbanda”; “Orixá Pombagira”; “Orixás: teogonia de Umbanda”; “Os arquétipos da
Umbanda: as hierarquias espirituais dos Orixás”; “Os guardiões dos sete
portais: Hash-Meir e o Guardião das Sete Portas”; “Rituais umbandistas:
oferendas, firmezas e assentamentos”; e “Umbanda Sagrada: religião, ciência,
magia e mistérios”.
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Abaixo segue a versão gráfica, simplificada, das vertentes
acima descritas, de acordo com seu surgimento, bem como uma possível fonte de
inter-relacionamento entre elas. As vertentes foram, ainda, relacionadas à
antiga nomenclatura usada para diferenciar os tipos de Umbanda, que são:
- Umbanda
Branca – agrupa as Umbandas que seguem uma doutrina mais próxima do
espiritismo-catolicismo, utilizando inclusive os livros da doutrina
espírita como fonte doutrinária, onde os médiuns se vestem apenas de
branco e onde não há uso de atabaque, não há gira para Exus, Pombagiras,
Malandros e quaisquer entidades quimbandeiras e não há uso de sacrifícios
de animais;
- Umbanda
Branca Esotérica – caso particular das Umbandas Brancas, pois além de
possuírem as características acima, também fazem uso de práticas
consideradas de cunho esotérico-ocultista (cristais, numerologia, mantras,
meditação, etc);
- Umbanda
Cruzada – contração da antiga expressão Umbanda cruzada com Quimbanda,
agrupa as Umbandas onde, além das giras para as entidades da Umbanda,
também ocorre gira para as entidades que originalmente faziam parte apenas
da Quimbanda (Exus, Pombagiras, Malandros e outras entidades
quimbandeiras), caso nos quais os médiuns eram autorizados a usar roupas
escuras (especialmente a preta) para incorporar essas entidades e era
normal fecharem o Gongá com uma cortina durante o trabalho deles, sendo
possível encontrar nessas Umbandas a prática do sacrifício de animais para
oferendar as entidades quimbandeiras;
- Umbanda
Traçada – um caso particular da Umbanda Cruzada, seu nome é uma contração
da antiga expressão Umbanda Cruzada Traçada com Candomblé, pois agrupa as
Umbandas Cruzadas que possuem doutrinas, ritos e práticas originários das
tradições africanas, principalmente aquelas oriundas dos diversos
Candomblés, sendo possível encontrar, dentro delas, a prática do sacrifício
de animais para os Orixás;
- Umbanda
Esotérica – um caso particular da Umbanda Cruzada, seu nome é uma
contração da antiga expressão Umbanda Cruzada Esotérica, pois agrupa as
Umbandas Cruzadas que também fazem uso de práticas consideradas de cunho
esotérico-ocultista (cristais, numerologia, mantras, meditação, etc).
Importante ressaltar que a posição das vertentes no gráfico
não possui nenhuma relação com questões de hierarquia superior ou inferior
entre elas: foi apenas para facilitar a visualização das informações contidas.
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